Quero minha casa com quatro vitrais
Quatro janelas abertas para a fonte
Mostrando lá embaixo, no horizonte
todos os pontos cardeais
Um rádio ligado em várias estações
Temporãs em um mesmo segundo
O hálito quente, o bocejo do mundo
E as covas apenas para as lamentações
À beira de uma lagoa de águas não azuis
Ouvir as canções dos elementais
O bater e o ranger podre do cais
nesse nincho lôbrego ao qual me conduz
Esquecer o medo daquela face fria
Embalar-me em tardes sem remorso
nimbo viscoso, branco ócio
onde belos sentidos eu encontraria
(p.1993 ver.10.01.08 – Paulo Ferreira)
sexta-feira, 21 de março de 2008
(sem nome)
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