Rostos grandes, de olhos esbugalhados
A respiração falhando na mão
Areia ao vento entre as linhas do tempo
e o corpo que pulsa compassadamente
E agora? Haja tempo
Haja fôlego no peito
Haja calo no pé, haja
Haja dias cintilando nas manhãs
A bruma que excita os seus dusis
e comem todas as folhas de outono
e fazem voar as almas insones
enquanto houver saudade
Suas orelhas agora estão sujas
flexíveis, abanam e balançam
O sereno frio que mantém os dias retos
aqueles, nos quais era chamado de louco
Que não haja tempo de ter motivo
de ouvir o som das folhas de outono
Embalo de mundo que cai das árvores
Sinfonia de pneus que as tocam lá na rua
(Paulo Ferreira p.1997 ver.18.07.07)
sexta-feira, 11 de abril de 2008
SEM TÍTULO – pub. no Bardo #07
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário