quarta-feira, 6 de agosto de 2008


Walt Whitman foi um grande poeta dos Estados Unidos. Viveu entre 1819 e 1892. Inaugurou o verso livre, muito antes do modernismo. Escrevia com fluência, liberdade, tesão e alegria. Estou relendo seu Leaves of Grass (em português, Folhas das Folhas da Relva). Recomendo a todos que gostam de poesia.
Em homenagem a alguns amigos que estão na campanha eleitoral deste ano, transcrevo o seguinte poema de Whitman (sim, ele era um poeta político, engajado):


Por ti, ó democracia

Vem, tornarei o continente indissolúvel,
farei a mais esplêndida das raças
que o sol jamais clareou,
farei terras magnéticas divinas
com o amor dos camaradas,
com o duradouro amor dos camaradas.

Hei de plantar o companheirismo
denso como o arvoredo a margear
todos os rios da América,
e ao longo das margens dos grandes lagos
e pelos prados todos
farei cidades inseparáveis
umas com os braços nos ombros das outras
com o bem humano amor dos camaradas.

A ti, ó Democracia, de mim
é isto - para te servir, ma femme!
A ti, por ti, vou estes cantos entoando.

[Whitman, Walt. Folhas das Folhas da Relva. Tradução Geir Campos. São Paulo, Brasiliense, 1983]



[ A obra completa de Whitman, em inglês, está disponível em:  http://www.bartleby.com/142/ ]

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